quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Nokia Lumia 720




Design

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Ao contrário dos irmãos menores 620 e 520 e suas capinhas coloridas intercambiáveis, o 720 é do tipo unibody, como o superior 920. Isso significa que não há tampa traseira e a bateria não é removível. Os slots do microSIM e microSD são pequenas partes encaixadas no corpo e que precisam de uma agulha para serem removidos. Portanto, se você quer usar o cartão de memória ou trocar de chip, vai precisar levar a pequena peça que a Nokia oferece, uma espécie de agulha (ou chave?).
Por ter mais tela (4,3 polegadas) que seu irmão menor, o 720 é mais fino. A espessura ajuda o aparelho a ter míseros 128 gramas, um aparelho bem leve. Mas, por não ter o tamanho ideal para o encaixe na mão, você frequentemente se pegará usando não uma, mas duas mãos para mexer no 720. Como consequência, é fácil perceber que você precisa esticar o dedo mais do que o normal dentro do sistema para atingir alguns ícones e botões. Isso acontece principalmente por causa do tamanho da tela, de 4,3 polegadas. Já a escolha do material, o policarbonato que já parece enraizado na família Lumia, traz boa aderência: mesmo com todo o tamanho, o smartphone não parece que vai cair da sua mão. Pegada é sempre importante, mesmo nos aparelhos maiores (e mais desengonçados).

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Felizmente, a sensibilidade extra da tela – projetada para ser usada inclusive com luvas, o que não é bem o nosso caso aqui no Brasil – facilita o uso: você dificilmente vai ter que tocar duas vezes em algum lugar para ter uma resposta.

Tela

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Ao ligar o aparelho, você vê que está diante de uma boa tela. As cores pulam, o design flat do Windows Phone brilha. Mas ela não derrubará seu queixo: são 800×480 pixels distribuídos numa grande tela. É o mesmo valor encontrado no Lumia 620, mas o aparelhinho da Nokia tinha meia polegada a menos de tela. Isso deixa a tela do Lumia 720 a par dos concorrentes da mesma categoria — o suficiente para você não chorar com linhas de pixel, mas nada que brilhe como um Santo Graal tirado de seu bolso.
Já os contrastes e cores também agradam, mas o preto não é tão escuro – culpa da tecnologia IPS LCD, que fica para trás nesse quesito em relação as AMOLED. Isso fica bem nítido ao comparar a “moldura” preta com o fundo da tela. O brilho, por outro lado, é muito bom, sem ser tão exagerado. O ângulo de visão é excelente, o que significa que você não vai precisar ficar inclinando a tela até conseguir achar uma posição ideal para ler.

Desempenho e bateria

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O Lumia 720 vem com processador Snapdragon S4 (dual-core com 1GHz de clock), 512MB de RAM e GPU Adreno 305. Como parece ser a tônica dos aparelhos com Windows Phone, as configurações modestas não significam lentidão: o desempenho é ótimo, com muita velocidade e respostas rápidas.
No entanto, não dá para dizer que ele não trava. Em três semanas, foram três travamentos totais: em duas vezes, o telefone não ligava e na outra, ele congelou na tela de bloqueio. Além disso, ele reiniciou sozinho enquanto eu jogava Assassin’s Creed (era só a demo e eu estava no começo, menos mal). Esses números, entretanto, são pequenos, e os problemas são bem simples de se resolver: basta segurar o botão de bloqueio e o volume down para dar reboot no aparelho. Isso é muito pouco, se comparado aos lags bem mais corriqueiros que usuários de Androids (eu incluso) da mesma faixa de preço enfrentam.
A bateria tem 2000 mAh, número que fica no meio termo entre os intermediários e os high-end, e é uma das melhores entre os smartphones que já usei. Usando o Lumia 720 como meu único celular – rotina que inclui mais de 12 horas fora de casa, quase sempre ligado em 3G ou wi-fi, além de pelo menos duas horas de música por dia –, ele levava mais de 24 horas para ficar abaixo dos 25%, dispensando carregamentos via USB aqui na redação do Giz. É ótimo ter a certeza de que a bateria não vai deixar você incomunicável.

Windows Phone e apps

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O Windows Phone 8 praticamente não varia de aparelho para aparelho. Muito do que eu encontrei aqui também está no Lumia 620, já que o sistema não pode ser personalizado pelos fabricantes – ou seja, estamos livres das skins dos Androids — nem recebeu atualizações nos últimos meses. O sistema está no 720 por inteiro, com todos seus vícios – configurações confusas, notificações que não funcionam direito e multitasking ruim – e virtudes – leveza, fluidez, beleza e as sempre interessantes live tiles.
As diferenças ficam mesmo nos apps pré-instalados: o 720 vem com Data Sense, que controla o uso do seu plano de dados e mostra o quanto cada app usou de banda – dica: o app do Tumblr acaba com sua cota na operadora e não tem como desativar isso –, mas não tem o interessante Here City Lens (não entendi o porquê). Mas você pode instalar pela lojinha, claro.
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Os apps já estão mais maduros: o Foursquare, por exemplo, ganhou uma reforma completa e agora tem uma interface bem mais interessante do que na versão anterior; o Rdio funciona bem e o Facebook Beta pode entregar uma experiência bem próxima a das outras plataformas. No caso de serviços que ainda não tem apps oficiais, como Dropbox e Instagram, aplicativos independentes dão conta do recado, como o FileBox e o Instance, mas geralmente não vão muito além do básico.
O principal calcanhar de aquiles do ecossistema é mesmo o Marketplace: a lojinha de aplicativos é bagunçada e não sabe apresentar direito o que pode oferecer. Além disso, a comunidade é pequena, o que não ajuda na hora de escolher um app. Quase toda busca acaba com metade dos resultados sem ter muito a ver com o que você quer e a outra metade com 3 estrelas em, quando muito, 100 classificações. Há de se ter muita paciência para tentar encontrar alguma coisa boa assim.

Câmera


A câmera do Lumia 720 tem 6,7MP (sim, valores quebrados mesmo, assim como os 8,7MP do Lumia 920) e lentes Carl Zeiss. As imagens em boas condições de luminosidade ficam excelentes, com riqueza de detalhes e pouco ruído. Com baixa luminosidade e configurações em automático, a câmera diminui bastante a velocidade do obturador para aumentar o tempo de exposição e compensar a falta de luz. Isso significa que, com certa frequência, as fotos ficam tremidas, borradas ou fora de foco. E isso faz com que eu me sinta um pior fotógrafo ainda. Mesmo assim, os resultados são mais do que bons. 
Um grande bônus do Windows Phone são os aplicativos de foto, como o Cinemagrafia, que faz gifs animados (e nós amamos gif animados), o Nokia Glam Me, para você editar seus egoshots, e o Foto Inteligente, que tira várias fotos em sequência e permite que você edite e obtenha a melhor imagem possível.

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Conclusão


A bateria tem ótima duração, a câmera resultados acima da média e o sistema é sólido. O desempenho é consideravelmente bom e os aplicativos estão, aos poucos, tomando jeito. Se você estava curioso em relação ao Windows Phone e esperava um aparelho que não custasse os olhos da cara, para uma compra mais segura, eis o aparelho ideal.

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